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O Estado de S. Paulo -19 de julho de 2000

Eduardo Jorge indicou irmã para diretoria do Sebrae no início de 99

CNI e outras entidades contestaram nomeação, acusando Planalto de ter rompido acordo

ROSA COSTA

BRASÍLIA - Maria Delith Caldas Balaban ocupa um cargo-chave no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) responsável pela distribuição das verbas milionárias da entidade. Ela foi nomeada com a influência de seu irmão, o ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira. Ele a indicou para a diretoria administrativa e financeira do Sebrae, em 1998, quando deixou a coordenação da campanha de reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Maria Delith, psicóloga e funcionária aposentada do Senado, demitiu-se do cargo de secretária-executiva do Ministério da Cultura para assumir a cobiçada diretoria. Antes disso, foi chefe de gabinete do então senador Fernando Henrique e do gabinete do ex-ministro Beni Veras, em sua gestão no Ministério do Planejamento.

A Assessoria de Imprensa do Sebrae informa que Maria Delith não quer falar de seu parentesco com Eduardo Jorge. O anúncio de sua indicação, em janeiro de 1999, provocou protesto dos representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do atual ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, das confederações da agricultura, do comércio e das associações comerciais.

Todos queixaram-se da decisão do governo de quebrar o acordo para a indicação consensual dos três diretores da entidade e apresentar uma chapa fechada. Fernando Bezerra disse na época: "Foi uma agressão às confederações empresariais, o governo quebrou o acordo."

Também foram escolhidos o diretor-presidente, Sérgio Moreira, ex-chefe da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), ligado ao PSDB do Nordeste, e o diretor-técnico, Vinícius Lummertz, ex-superintendente do Sebrae em Santa Catarina, em atendimento a pedido do presidente do PFL, Jorge Bornhausen.

O orçamento anual do Sebrae, que opera num universo de cerca de cinco milhões empresas, é de R$ 530 milhões, chegando a R$ 1,4 bilhão quando acrescidos os valores remanescentes de exercícios anteriores, informou sua assessoria.

O deputado Vanderlei Siraque (PT-SP), que fez várias denúncias sobre supostas irregularidades no Sebrae paulista, afirmou ontem que vai pedir ao Ministério Público investigação na direção da instituição.

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Fabio Taroda , 2001