Por exemplo, na cidade de São Caetano do Sul, há algum tempo, um aluno levou uma arma para a escola, atirou na professora e, depois, infelizmente, se suicidou.

No meu entendimento, a violência nas escolas não será resolvida apenas com repressão policial. A resolução desse problema depende, em especial, de um novo projeto pedagógico. Os Governadores têm de se responsabilizar por essa questão e escolher Secretários que entendam do assunto.

As escolas precisam ter mediadores de conflito, porque, às vezes, uma pequena desavença, um pequeno conflito acabam em um homicídio.

É necessário também trabalhar nas escolas o problema do tráfico de drogas que ocorre em suas portas. E, essa sim, é uma questão de polícia, é uma questão de repressão policial. Todavia, o usuário dentro da escola é um problema de saúde pública, é um problema que deve ser tratado por uma equipe multidisciplinar.

A maioria das escolas, principalmente no Estado de São Paulo, não tem um módulo completo dos servidores da área de educação. A professora que dá aula de Matemática ou de Português tem de fazer o papel de mediadora de conflitos, tem de fazer o papel de assistente social e resolver questões que não são de responsabilidade direta de professores ou de diretores, devido à falta de profissionais, como psicólogos e assistentes sociais.

Além disso, o conselho de escola também deve estar funcionando. É necessário que a escola discuta com o seu entorno, com os pais e mães dos alunos, e que os grêmios estudantis, que são até um instrumento de aprendizado político, sejam valorizados.

É importante valorizar a participação da comunidade escolar, da comunidade que está no entorno das escolas. Não adianta levantar muros; a escola tem de ser aberta para a comunidade e ser um local sagrado. Assim, estou certo, vamos resolver o problema da violência nas escolas, que precisa muito mais de prevenção do que de repressão.

Obrigado, Sr. Presidente.