Quadro econômico de negros não mudou na última década Pesquisa da OIT (Organização Internacional do Trabalho) revela que a situação econômica dos negros comparada à dos brancos, manteve-se praticamente igual na última década.
Segundo o levantamento, um negro recebe em média, 50 % do salário de um branco no Brasil. Em 1992, 23% dos negros economicamente ativos e maiores de 16 anos tinham mais de sete anos de estudo. Em 2001, passou para 35%.
Este dado mostra que mesmo com o aumento da escolaridade, os trabalhadores negros não conseguiram melhorar de vida. Desemprego Enquanto o desemprego entre brancos economicamente ativos maiores de 16 anos cresceu de 5,7% em 92 para 8,1% no ano de 2001, o aumento entre negros foi de 6,9% para 10,6%. As mulheres negras são as que mais estão excluídas do mercado de trabalho. Em 2001, 13,8% estavam desempregadas, contra 8,6% em 1992. O salário das mulheres negras, com 16 anos ou mais, por exemplo, equivalia a 39% do padrão em 2001. Em 92, era 37%.
Salários e Discriminação Quadro comparativo da remuneração das mulheres em relação aos homens e dos negros em relação aos brancos, em %. |
Homens / Mulheres
Escolaridade | 1992 | 2001 | Média Geral | 71 | 79 | 0 - 3 anos | 70 | 85 | 4 - 7 anos | 62 | 73 | 8 - 10 anos | 65 | 69 | 11 - 14 anos | 64 | 65 | 15 ou mais | 57 | 61 |
Negros / Brancos
Escolaridade | 1992 | 2001 | Média Geral | 51 | 50 | 0 - 3 anos | 71 | 71 | 4 - 7 anos | 73 | 74 | 8 - 10 anos | 70 | 73 | 11 - 14 anos | 71 | 68 | 15 ou mais | 74 | 73 |
Fontes: Organização Internacional do Trabalho, IBGE, Pnad e Folha de São Paulo
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